Paisagismo Contemporaneo no Brasil
Um exame da história brasileira nos revela que as ações predatórias do meio ambiente encontram respaldo nas antigas tradições coloniais de exploração dos recursos naturais. Nas décadas de 70 e 80, foi presenciada uma reação ao academicismo modernista vigente não só no paisagismo, como na arquitetura, o que deu origem, a partir da década de 90, à Arquitetura Paisagística Contemporânea Brasileira. O Paisagismo Contemporâneo considera preeminente a livre manifestação de expressões criativas na plena satisfação das necessidades práticas, e aspira a uma visão figurativa destinada a equiparar, por exemplo, o jardim com a paisagem.
Adota-se a classificação “contemporânea” para atributos formais e funcionais impressos por projetos paisagísticos nos espaços livres, caracterizados por uma total desvinculação com toda e qualquer regra ou princípio pré-determinados, admitindo as mais diversas formas compositivas de projetos neoecléticos e pós-modernos, e ainda a criação de espaços extremamente funcionalistas ou de caráter densamente ecológico.
Os projetos paisagísticos são caracterizados pela pluralidade de soluções, que ora tendem para um formalismo exacerbado utilizando estilos do passado até geometrismos sofisticados e vegetação tropical em larga escala. Trazendo um forte apelo ecológico alavancadas pela forte influência na cultura nacional dos preceitos ambientalistas nos anos 80, o que, por sua vez, induziu na Constituição de 1988 à criação de um capítulo específico sobre o meio ambiente e à declaração como patrimônio nacional: a Mata Atlântica, a Floresta Amazônica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira. Resultando, então, na criação de secretarias de Verde e Meio Ambiente, novos parques nacionais e estaduais, de reservas ecológicas, de áreas de proteção ambiental e projetos paisagísticos com aspectos rústicos da paisagem como brejos, manguezais etc. tornando-se ícones de modernidade e consciência ecológica.
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