JARDIM MODERNO NO BRASIL
Isis Paganini – Mat.: 6882
T.H. do Paisagismo – Leonardo
Faculdades Integradas Silva e Souza
Resumo
No momento da história onde o mundo da arquitetura procurava uma renovação para acompanhar as expressões artísticas da época, houve algum movimento na tentativa de alcançar o andar dessas mudanças. Surgiu então a busca por jardins num conceito cubista, abstrato, e no Brasil, na década de
1930, a busca por uma expressão de identidade regional própria. No entanto, essas tentativas não chegaram a incorporar o novo conceito da arquitetura moderna, pois a paisagem se tornou estática, limitada, segregada, o que não condizia com a liberdade de uma arquitetura mais atual. Nos anos de 1950,
Burle Marx, já atento a essas preocupações desde o início do século XX, revolucionou a forma de se criar jardins, implementando a pesquisa plástica neste campo, fazendo com que suas produções apresentassem categoria de arte e integração às condições do terreno e clima. Os jardins passaram a ter leveza, liberdade e movimento, além de tons e cores inteligentes. Com isso,
Burle Marx realizou um verdadeiro avanço e uma grande ruptura com o que se produzia até então, tornando-se, de forma quase isolada, um expoente no campo paisagístico. A partir de composições abstratas, revelou em cores e intensidade a paisagem natural e cultural do Brasil e, como intérprete deste território imenso e múltiplo, construiu uma grande sinfonia de imagens do país e, com certeza, sua mais pura tradução.
Palavras-chave: Paisagismo; Inovação; Modernidade; Natureza regional;
Roberto Burle Marx.
MOTIVOS DO NOVO PAISAGISMO
Na virada do século XIX para o século XX, enquanto os arquitetos buscavam novas teorias, ideais e materiais em um esforço de produzir uma arquitetura condizente com o momento cultural e artístico da época, muitos paisagistas ainda se baseavam no passado, propondo jardins com influência inglesa e suas variantes italianas. Não havia