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As teses dos modernistas, segundo Eduardo Jardim de Moraes, continuaram a principal referência para a vida cultural do país até os anos 1960 e 1970. “Basta ver o Cinema Novo, o tropicalismo, a obra de Hélio Oiticica e de José Celso Martinez Correa”, explica
Por: Thamiris Magalhães
O movimento modernista, que teve como marco inaugural a Semana de Arte Moderna de 1922, sempre rejeitou o regionalismo. Essa é a afirmação do docente Eduardo Jardim de Moraes, que conversou sobre o tema com a IHU On-Line, por e-mail. Para o coordenador da coleção Modernismo+90, da Casa da Palavra, que publicará onze livros sobre os desdobramentos do movimento em diversas áreas da cultura, o principal objetivo dos modernistas de 1922 foi “a atualização da produção artística e cultural no país”. E completa: “Isto significava, naquele momento, promover o ingresso do país no concerto das nações consideradas modernas. Na opinião deles, este ingresso seria assegurado pela incorporação na cultura brasileira de meios expressivos modernos, identificados geralmente aos que eram adotados nas vanguardas europeias”.
Eduardo Jardim de Moraes é professor de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio e coordena a coleção Modernismo+90, da Casa da Palavra. Graduado e mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio), cursou mestrado em Filosofia na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e pós-doutorado na Universidade Erlangen-Nurnberg (Friedrich-Alexander), na Alemanha.
Confira a entrevista.
IHU On-Line – Durante a Semana de Arte Moderna de 1922, o que significou “modernizar” para o Brasil?
Eduardo Jardim de Moraes – A Semana de 22 veio a ser considerada como o marco inaugural do modernismo, a partir dos anos 1940, com a conferência de Mário de Andrade, feita no Rio, em 1942 (O Movimento modernista). É um momento de uma corrente renovadora que se iniciou