Pais Espirituais
1 Corintios 4.14-21
Pr. Davi Merkh
Um dos eventos mais emocionantes na vida é tomar nos braços seu bebê recém-nascido! Depois de 9 meses de agonia, angústia, dor nas costas, ansiedade, tudo vale a pena quando os pais “conhecem” pela primeira vez seu filho.
Já passei por essa experiência junto com minha esposa 5 vezes, acompanhando com expectativa desde o momento do primeiro exame “positivo”, até a sala de cirurgia. Tive o privilégio de ser a primeira pessoa neste mundo (depois da minha esposa) a tocar a cabeça dos meus filhos.
Mas essa alegria do novo papai não é só pelo parto, mas pelo fato de sermos privilegiados com essa responsabilidade da paternidade. Lembro-me do dia em que chegamos como casal no orfanato, para receber nossa filha adotiva, já com 10 anos de idade. Nunca vou me esquecer da alegria no rosto dela quando chegamos e ela descobriu pela primeira vez que iríamos adotá-la.
Ser pai biológico ou adotivo traz enorme alegria. Mas existe uma alegria maior. A de ter filhos espirituais, filhos nascidos de novo, e que andam na verdade: 3 João 4 -- Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade.
Creio que sentimentos como estes invadiram o coração e a mente do Apóstolo Paulo quando escreveu 1 Co 4.14-21. Seu instinto paterno deu vazão àlgumas exortações carinhosas "de pai para filho".
Contexto: Os Coríntios tinham um problema de divisões na igreja, em grande parte pelo fato de que estavam exaltando os mensageiros de Cristo e não a Cristo. Estavam menosprezando o próprio apóstolo Paulo, e causando conflitos no corpo. No parágrafo anterior (4.8-13), ele usa sarcasmo e ironia para sacudir os leitores. Faz comparação entre a maneira pela quel eles estavam vivendo a vida cristã, e a maneira pela qual os apóstolos estavam conduzindo seus ministérios.
Agora, parece que ela adota um tom um pouco menos irônico, mais ameno, pacífico—um tom de um pai preocupado, mas carinhoso. Os