Painéis para óleo
Apesar do tecido esticado sobre chassi ser o suporte mais popular na pintura contemporânea, os painéis são uma opção mais segura para a conservação de trabalhos artísticos, a longo prazo. Com sua superfície rija, é menos frágil e se movimenta menos do que o tecido esticado sobre chassi (tela), tornando a superfície da pintura menos suscetível a rachaduras e craqueluras. Os mestres flamengos e italianos costumeiramente usavam desses painéis como forma de garantir que a pintura permanecesse intacta por séculos. Para pinturas grossas que usam de uma técnica de impasto, como a pintura a óleo e a encáustica, assim como para todas as tintas que secam formando uma película pouco elástica como a têmpera, é sempre arriscado apostar nas telas, sendo o painel o suporte ideal.
Simplesmente pintar sobre qualquer madeira não é correto. Existem uma série de cuidados necessários na preparação dos painéis, como por exemplo, os diferentes ingredientes para a base de gesso a ser usado em sua finalização, que podem mudar o aspecto final do trabalho, portanto, é importante que o artista saiba como construí-los corretamente. Construir painéis duradouros é dispendioso em todos os sentidos. Por ser mais caro e demorado do que esticar uma tela, não é a toa que as mesmas tornaram-se populares. É nesse momento que o artista deve avaliar suas prioridades: para estudos ou exercícios, a tela seria a escolha lógica, mas para trabalhos e encomendas sérias, que geralmente não saem baratas aos clientes, prefira sempre os painéis. Não é somente uma forma correta e muito ética de comercializar um produto artístico, mas é também uma forma de conservar o legado do artista. As obras que mais perduraram ao tempo foram feitas em painéis, e não em telas, é comum ver restauradores que optam pela colagem das pinturas feitas em tecido sobre chassi num novo painel de madeira.
Discutiremos a seguir, como montar adequadamente esses painéis. O procedimento que