Painéis fotovoltaicos

O Fotossistema 1 presente em plantas como o espinafre consegue efectuar o processo de fotossíntese mesmo após a sua extracção da folha de plantas. Foi esta curiosidade, bem como o facto de a sua eficiência de conversão da luz em energia eléctrica ser quase de 100%, que levaram os cientistas a procurarem investigarem a possibilidade de integrarem este complexo proteico em painéis fotovoltaicos de modo a aumentar a sua eficiência. Uma equipa de investigadores da Vanderbilt University (Tennessee, Estados Unidos) criou um protótipo desta célula hibrida. Isto foi alcançado através da extração da proteína PS1 do espinafre para uma solução aquosa, tendo a dita mistura sido seguidamente utilizada para revestir um wafer de silício. Um tratamento do wafer (uma fina fatia de material semicondutor, na qual microcircuitos são construídos) numa câmara de vácuo permitiu por fim evaporar a água de modo a deixar apenas uma camada de proteína sobre aquele. O grupo apurou que a espessura ótima desta camada é de apenas 1 µm, cerca de 100 moléculas de PS1 de espessura. Estas células de PS1-silício têm algumas vantagens em relação às atuais células convencionais de silício – entre as quais o facto de poderem ser fabricadas com abundantes materiais biológicos em vez de semicondutores cada vez mais caros no mercado e de não serem tóxicas. A equipa da Vanderbilt University efetuou já o pedido de patente para a tecnologia e está agora a planear a construção de uma célula funcional com o novo desenho. Existem ainda alguns problemas por resolver, entre os quais a quantidade de energia produzida por cm2 – que é ainda muito inferior à das atuais tecnologias – e a deterioração rápida do material