PAINEL ESCOLAR
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA – TURMA DE 2013
ATIVIDADES DE GESTÃO DA EDUCACÃO EM
AMBIENTES ESCOLARES E NÃO ESCOLARES
Maria Luiza Bicudo – RA: 1131953
Polo – Butantã
2013
São Paulo – SP
DEVER DE EDUCAR
Como se vê, não pretendo discutir, como á hábito, o sistema orgânico ou organizacional do sistema educativo, isto é, não me interessa, para já, saber que tipo de escolas deve haver em função das idades ou dos sexos, com que idades se entra numas ou se sai de outras, como e por quem são geridas essas escolas, por quem e como se suportam os encargos com o seu funcionamento, que programas se devem administrar e como são avaliados, etc., etc.. Tudo isso é importante, certamente. Considero, porém, que anteriormente a essa discussão há outra que tem que ver com as diferentes respostas que damos à questão enunciada e que é por aí que a análise do assunto deve começar. Mais claramente: ultimamente tem-se posto muito a tónica na questão «como educar», como se fosse indiferente saber-se, para isso, quem tem o dever-direito fundamental de o fazer. Ora eu penso que, no princípio de toda a acção, se devem pôr as razões que a inspiram e orientam, para não cairmos no risco de a burocratizar em excesso, o que bem pode significar, em alguns casos, de a desumanizar. Por isso vos proponho que esqueçamos um pouco aquilo que é a parte técnico-científica da organização dos sistemas educativos, e reflictamos sobre o que parece dever ser uma das questões básicas prévias a toda a sua planificação: quem é o sujeito do dever-direito de educar? Dada uma resposta ou ensaio de resposta, constituída em «analisador» dos sistemas educativos existentes, que avaliação fazemos deles? Que transformações propomos? Que lugar deve ter nele o dito ensino «particular», a que seria mais adequado chamar «livre»? Como é evidente, tomarei como ponto de referência as formas de organização social actualmente existentes, especialmente no que se refere ao