Pacificação
Introdução
A segurança no Rio de Janeiro sempre foi um problema para a Cidade Maravilhosa. Por décadas a cidade sofreu com o aumento dos índices de violência. Os tiroteios nas favelas se tornaram um assunto comum nos noticiários, a população escondeu-se em suas casas e o medo e a insegurança estavam vivos nos lares de todas as classes sociais.
Essa triste história começou a mudar em dezembro de 2008 com a implantação da primeira Unidade de Policia Pacificadora na favela Santa Marta em Botafogo. A primeira UPP veio com a promessa de mudança, de que novos tempos haviam chegado e que a segurança pública do Rio de Janeiro passaria por profundas transformações.
Desenvolvimento
Os ataques violentos no Rio são justificados como um revide das organizações criminosas também à política de ocupação de favelas por UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). Mas, ainda que a explicação seja plausível, não é de hoje que o Rio é vitima da violência resultante de uma combinação complexa entre a ação dos traficantes, as milícias, uma parte corrupta da polícia e anos de inoperância das políticas de segurança pública.
Tudo isso acontece no momento em que o Rio tem, efetivamente, uma política de segurança pública. Uma política com propostas positivas e capaz de mobilizar diferentes setores da sociedade entre ONGs, acadêmicos e gestores qualificados e que se anuncia como uma política que entende segurança pública como tema não apenas para a polícia, mas também para um conjunto de outras políticas sociais.
Seu princípio, cuja a ilustração são as UPPs, seria a recuperação de territórios e o reestabelecimento da vida comunitária. Empreender a transformação da favela em bairro implica, entre outras coisas, uma vida livre da opressão imposta pelo tráfico de drogas e pelas milícias.
Hoje já se passaram mais de quatro anos desde que a primeira Unidade de Polícia Pacificadora foi inaugurada. Nesse processo muito se aprendeu. A política de segurança que foi