Pac no brasil
*José Á lvaro de Lima Cardoso O sucesso do Programa de A celeração do Crescimento (PA C), em relação ao seu principal objetivo, o crescimento, depende é claro dos seus desdobramentos. O simples anúncio do programa não garante o seu êxito, e sim as ações posteriores, se forem encaminhadas de forma persistente e determinada. Mas é muito boa a idéia de planejar o crescimento, que está na própria concepção do PA C. O Programa nega, na prática, o princípio de que o crescimento é de exclusiva responsabilidade do mercado, que teria a função de alocar os fatores de produção da melhor forma possível. O programa de investimentos proposto pelo PA C, coloca o Estado não como investidor, mas como indutor e articulador do crescimento. A s empresas privadas, a partir dos recursos decorrentes das desonerações fiscais serão estimuladas a investir na atividade produtiva. A estratégia do PA C é a de gerar um circulo virtuoso entre: diminuição de impostos, elevação dos investimentos, elevação do financiamento, aceleração do crescimento, geração de emprego e renda, aumento da arrecadação, desoneração de impostos novamente, e assim por diante. Se a estratégia vai funcionar não é possível antever, mas o Programa tem a vantagem de possuir detalhamento e metas a serem atingidas, o que, de certa forma, torna o governo prisioneiro de compromissos assumidos com a sociedade. O Programa, como se sabe, não altera o fundamental da política econômica que foi desenvolvida no primeiro Governo Lula, baseada no tripé: superávit primário das contas públicas, câmbio flutuante e metas de inflação (com autonomia para o Banco Central fixar juros). O PA C não representa uma ruptura da política econômica adotada a partir de 2003. A mudança é muito mais de ênfase: no