Oxigenoterapia no Neonato
I Jornada de Enfermagem em Saúde e Suporte Avançado de Vida
Oxigenoterapia no Neonato: Cuidados e Implicações
Natal – RN
Junho, 2012
Oxigenoterapia no Neonato: Cuidados e Implicações
A transição da vida intra-uterina para extra-uterina implica grandes mudanças no sistema respiratório. Durante a vida fetal, a oxigenação era realizada pelo organismo materno por meio da placenta; os pulmões não eram funcionais. Logo após o nascimento, o líquido dentro dos pulmões é absorvido, sendo estabelecida a capacidade funcional adequada.
Há um aumento (cerca de dez vezes) do fluxo sanguíneo pulmonar em relação ao nível intra-uterino, que resulta da redução da resistência vascular pulmonar.
Devido a essas alterações complexas de adaptação, os distúrbios respiratórios são a principal causa de morbimortalidade no período neonatal, e são responsáveis pela maior parte das admissões em UTI neonatais.
As infecções respiratórias agudas representam entre 20 e 40% das hospitalizações pediátricas e entre 30 e 60% das consultas aos serviços de saúde na maioria dos países. Nos países em desenvolvimento, as infecções respiratórias agudas são responsáveis por um terço das mortes e pela metade das hospitalizações em menores de cinco anos, constituindo-se um problema de saúde pública. Suas causas podem ser: pulmonares (taquipnéia transitória, membrana hialina, aspiração de mecônio, aspiração por líquido amniótico, pneumonia, pneumotórax); não pulmonares (asfixia perinatal, distúrbios metabólicos, apneia do prematuro, septicemia, distúrbios cardiovasculares, hiperviscocidade/policitemia, persistência de circulação fetal) e cirúrgicas (hérnia diafragmática, atresia de esôfago, atresia de coanas, malformações congênitas – onfaloncele).
O diagnóstico dos distúrbios não é fácil, pois essas patologias apresentam-se como síndrome de sofrimento respiratório. Por isso, é muito importante