outros
44014 palavras
177 páginas
1-A GURIZADA SÓ QUER COLINHO! A correria furta aquilo que mais nos torna humanos: o afeto. A selvageria de certos capitalismos tem feito de nós maquininhas profissionais, de tal forma que, sejam na empresa ou fora dela, nossas relações são robotizadas por fantasmas como: cumprimento de metas, busca de resultados, racionalização de gastos, gestão de recursos, disciplina sistêmica, agregação de valores, otimização, lucratividade, superação, competitividade, qualificação, customização, eficiência, produtividade... Excelente, pois, a prosperidade tem sido o pagamento por tanto labor: empregos em abundância, comércio vendendo como nunca, indústrias conquistando posições mundiais, empresas se fortalecendo através das ondas de fusões, governos arrecadando abundantemente; parece até que estamos entrando no Paraíso! Mas é bobiça pensar que a vida se reduz apenas ao universo econômico, prova disto é o grito desesperado da piazada pelos afetos familiares que o ativismo profissional os roubou sem piedade, vácuo preenchido loucamente pelos traficantes, ficantes, ou mesmo pelos passantes oportunistas. Restando aos familiares a alegria de ver a empresa alcançar índices fabulosos de lucratividade e a deprê de enxergar suas Crias se chafurdando na fedorenta lama do vício por terem perdido seus pais para certos capitais esfomeados. Tudo porque lhes foram negados não a grana, não o conforto, não o luxo, nem as grifes, mas simplesmente os afetos: os abraços calorosos, as horas prolongadas juntos, as conversas despretenciosas, os elogios espontâneos, o compartilhamento de lágrimas e risos, os olhares sinceros sem rigidez, as mãos e os ombros acolhedores, a amizade sem cobranças, os passeios casuais desregrados, os afagos de aceitação ? valores que milhões de pilas jamais comprarão!
2- AS NAVES REALMENTE ÚTEIS
Estimula nossa imaginação a exposição de 13 veículos da Renault em frente ao prédio do Executivo Municipal de Joinville, posição estratégica para a publicidade