Quem é o outro?
Quem é o outro? Aquele que não sou eu, aquele que é diferente de mim, aquele que me mostra que nem tudo é como eu imagino que seja. E o que ele provoca em mim?
É tão bom quando nos aproximamos de alguém que pensa como nós, que acredita no que acreditamos, alguém com quem podemos partilhar caminhos! Ao mesmo tempo é incômodo encontrarmos alguém que nos mostre o quanto estamos equivocados; o quanto os projetos que estamos elaborando não encontram respaldo na realidade. Como lidamos com isso? Há várias formas para se lidar com isso, e elas dependem de nós, do outro, do mundo e das relações que estabelecemos entre estes vários fatores.
Alteridade é a palavra que acompanha tais discussões. Alter significa outro; alteridade significa a qualidade de ser outro, o colocar-se como outro. Quando, no movimento de observação do outro estabelecemos a diversidade, o que é diverso, diferente, encontramos a diferença.
Falamos muito, hoje, de diversidade, respeito às diferenças, celebrar as diferenças, alteridade, e isso não apenas no âmbito de nossas vivências coletivas, tratando das relações entre os povos, mas também em nossas vidas singulares, em nossas relações com aqueles que nos rodeiam. Ao mesmo tempo, presenciamos muitas atitudes que demonstram exatamente o oposto do discurso de respeito à diferença, quando não somos nós mesmos os agentes de tais ações.
“Respeito o outro, desde que ele pense, sinta e aja como eu” pode soar como um terrível discurso, de alguém extremamente rígido, dogmático; mas, infelizmente, parece ser o fundamento, ainda, de muitas ações cotidianas.
Como você lida com as