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Nos centros urbanos a questão dos resíduos são sempre complexas. O tratamento de esgoto nas ETE’s (estações de tratamento de esgotos) é composta de algumas etapas que objetivam tratar, remover patógenos, poluentes, excesso de matéria orgânica, para que o efluente tratado seja liberado no meio ambiente sem que possa causar danos ambientais. Existem etapas que estimulam um desenvolvimento microbiológico no efluente que está sendo tratado, essa população microbiana deve ter sua concentração controlada, e nos processos seguintes, como uma mistura desse efluente chamada de licor, aeração mecânica, decantação, há uma deposição de sedimentos nas bacias ou lagoas de decantação. No final do processo o sobrenadante é o efluente tratado, e a parte sólida e húmida que foi depositada é o chamado lodo de esgoto. A água do efluente, foi tratada e liberada novamente ao ambiente de maneira que não cause impactos significativos, porém outro resíduo se formou (o lodo) e deve ter também uma destinação correta. Após passar por um processo de incineração, o mesmo é levado para aterros sanitários, e pode ser utilizado na produção de tijolos para construção de casas populares. A reciclagem agrícola alia baixo custo e impacto ambiental positivo quando é realizado dentro de critérios seguros. Ambientalmente é a solução mais correta, pois promove o retorno dos nutrientes ao solo, colaborando para o fechamento no ciclo dos elementos. Tal cuidado com parâmetros e pré-requisitos para o uso do lodo em processos agrícolas, se dão pela possível acumulação de patógenos, metais pesados, dentre outros poluentes, que podem levar a alterações físicas, químicas, e biológicas do solo, modificando sua densidade, agregação, retenção de água, pH, condutividade elétrica, e prejudicando a atividade microbiana do solo. Segundo o artigo 12 da resolução nº 375 do CONAMA; É proibida a utilização de qualquer classe de lodo de esgoto ou produto derivado em pastagens e cultivo de olerícolas,