Outeiro da glória
Por:
Relatório realizado para
Fechamento de nota
Da disciplina Arte Brasil I
Localizado numa colina, este monumento fundado em 1739 proporciona desde a subida uma espécie de purificação (distanciamo-nos do mundano e nos aproximamos do sagrado) nos preparando para uma experiência singular. Após chegarmos ao adro, paramos e descansamos contemplando a vista conseguida lá de cima. A igreja se localiza no centro do terreno, nave única formada por dois octógonos que por sua vez nos possibilitam uma visão 360º através de suas janelas. Por ser formada por essas duas figuras geométricas, notamos que a forma de sua fachada é bem diferente das demais, porém se baseando nas mesmas características da época: pintura branca; simplicidade; moldura nas aberturas... Há também marcação em pedra colocada nas arestas contrastando com o branco predominante; existência de gárgulas simples e pináculos pontuando todas as extremidades das arestas da fachada buscando uma elevação (se analisarmos mais atentamente, a presença destes pináculos coroa, literalmente, os dois octógonos e nos faz lembrar a predileção que a família Real portuguesa teve por este monumento assim que chegou ao Brasil, visitando e utilizando-o em eventos religiosos).
Em seu interior, observamos a forte presença da madeira escura trabalhada. Seu tamanho não muito grande e o formato de sua planta proporcionam um aconchego quase que como um abraço em quem ali entra. Atenção ao altar bem decorado e seu retábulo principal que repousa o santo consagrado – retábulo rígido em madeira escura sem profusão de formas; 4 colunas de estilo coríntia que, de certa forma, emolduram o santo e eleva nosso olhar. Encontramos também mais 2 retábulos laterais que abrigam São Gonçalo e Santo Amaro. Fácil notar a presença do brasão da república pendurado no arco nos lembrando o lado político-militar que este monumento propricia através de sua localização no alto e sua vista