Barroco Fluminense
O Barroco na Baixada Fluminense
Em meados de 2001, técnicos, historiadores e autoridades eclesiásticas vasculharam a Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, à procura da Arte Barroca produzida naquela região.
A surpresa foi enorme quando, em uma das regiões mais carentes e conturbadas do Estado do Rio de Janeiro, foram encontradas nos altares das pequenas igrejas peças raras e de grande valor histórico e artístico.
Cerca de 70 obras, do século XVI ao XIX, foram catalogadas e o material foi exposto na Casa França Brasil, no Rio de Janeiro, em novembro de 2001, em uma mostra denominada "Devoção e esquecimento - A presença do barroco na Baixada Fluminense".
O evento proporcionou uma releitura da arte barroca naquela região. O curador da mostra, Marcus Monteiro, disse que "foi um trabalho de resgate cultural e material das peças". Na maioria, as obras não foram reconhecidas nem por especialistas. Marcus, que acompanhou de perto os trabalhos, junto com representantes das dioceses de Petrópolis, Duque de Caxias e Nova Iguaçu, declarou à imprensa que "além de dar visibilidade à produção, a mostra revelou que a história da Baixada Fluminense não é feita só de miséria e violência".
Foram encontradas imagens de Nossa Senhora do Marapicu, Nossa Senhora da Piedade de Magé, Santo Antonio de Jacutinga, Santana do Pilar entre outras, todas revelando particularidades históricas e artísticas da região.
De acordo com Marcus, foi encontrado um São Sebastião com traços de índio, e forte influência estética portuguesa.
Desde 1962, quando o Concílio Vaticano II redirecionou os trabalhos litúrgicos focando a figura do Cristo, as imagens das igrejas foram retiradas dos altares, o que ocasionou uma enorme desvalorização das mesmas e um incontável número de verdadeiras relíquias que se perderam no tempo. Hoje, essa mesma Igreja faz enorme empenho para resgatar o que foi perdido durante esses quarenta anos. Isto será