Barroco Fluminense
Com o ciclo do ouro, o Rio de Janeiro tornou-se uma importante cidade da colônia, principalmente por ser o porto que escoava as riquezas de Minas Gerais para a metrópole. Em 1763, a própria capital da colônia transfere-se de Salvador para a cidade, aumentando sua importância e o contato com a Europa. As primeiras construções barrocas no Rio de Janeiro eram realizadas principalmente por engenheiros militares portugueses no local que traziam o gosto ibérico para o sudeste da colônia.
O Mosteiro de São Bento é um exemplo dessas construções. Começou a ser realizado pelo engenheiro militar português Francisco Frias de Mesquita, em 1617. O projeto passou por inúmeras modificações durante o século que levou para ser construído e, em 1785, mestre Inácio Ferreira imprimiu características mais afinadas ao estilo rococó, modificando grande parte do trabalho.
Uma interessante construção barroca carioca é a Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, de 1720, projetada por José Cardoso Ramalho e que tem em sua localização um dos grandes méritos da obra: fica no alto do Outeiro da Glória e apresenta ótima solução para as escadarias de acesso.
Fora das construções religiosas, destaca-se a casa dos Governadores ou Paço, que acabou sendo convertida em residência real durante a estadia da corte portuguesa no país, realizada pelo engenheiro militar português José Fernando Alpoim.
O escultor Francisco Xavier de Brito é um dos grandes nomes do barroco carioca. Acredita-se inclusive que Aleijadinho foi bastante influenciado por seus trabalhos de grande originalidade (Xavier de
Brito posteriormente chegou a produzir em Minas Gerais). Uma de suas obras de destaque são as esculturas que realizou para a Capela da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, no conjunto do Convento de Santo Antônio. Juntamente com o entalhador Manuel de Brito e o pintor
Manuel da Costa Coelho, realizou um dos mais belos interiores sacros.
Valentim da