O barroco
Patrícia Souza de Faria
Doutoranda em História Moderna pela Universidade Federal Fluminense
O Barroco como estilo artístico desenvolveu-se especialmente entre o final do século XVI e o século XVII. Surgiu na Itália, difundiu-se por toda Europa e América Latina, sendo que nesta última região o estilo vigorou por mais tempo, até o início do século XIX. Em um mesmo período histórico poderiam coexistir estilos artísticos diferentes, de modo que o barroco conviveu com outros estilos, como o maneirismo e o rococó.
O termo barroco era utilizado por joalheiros para designar uma pérola irregular, imperfeita, sendo aplicado posteriormente para classificar uma arte que foi considerada extravagante e disforme. As antigas visões sobre o Barroco tendiam a esclarecer muito pouco, assim como exprimiam o desprezo por qualquer estilo de arte supostamente distante dos padrões clássicos de representação, isto é, que não reproduziam os padrões artísticos da Antigüidade greco-romana, consolidados no Renascimento artístico dos séculos XV-XVI e retomados no século XVIII pelo movimento chamado neoclássico.
Na pintura barroca européia, sobressai a obra de Caravaggio (1571-1610), Pietro da Cortona (1596-1669)i, Andrea Pozzo (1642-1709), Peter Paul Rubens (1577-1640), Diego Velázquez (1599-1660), Rembrandt van Rijn (1606-1669), Van Dyck (1599-1641), Bartolomé Esteban Murillo(1618-1682), Francisco Zurbarán (1598-1664). Na arquitetura, Gian Lorenzo Bernini (1598-1680) e Francesco Borromini (1599-1667), sendo que o primeiro é também reconhecido por suas esculturas.
Heinrich Wölfflin (1864-1945) analisou a arte a partir da forma dos objetos artísticos, definindo o que seria a arte clássica e a barroca através de características opostas: enquanto a arte clássica seria linear, a barroca seria pictórica; se na primeira encontramos a clareza, a unidade, a forma fechada, no barroco estaria a obscuridade, a pluralidade, a forma aberta. No clássico encontrar-se-ia a