CAP 11 – “Ouro, grandeza e glória”. – A questão era saber o que tornava um país rico. Estaria nos tesouros recebidos da colônia? Seriam os metais ‘preciosos? A posse de ouro e prata, portanto, o total de barras que um país possuísse, era o índice de sua riqueza e poder. A maioria dos autores da época apega-se à ideia de que um país rico, tal como um homem rico, deve ser um país com muito dinheiro; e juntar ouro e prata num país deve ser a mais rápida forma de enriquecê-lo. A Espanha foi, no século XVI, talvez o mais rico e poderoso país do mundo. Por causa dessa crença, a consequência mais óbvia foi baixarem leis proibindo a saída desses metais. Entra em cena a política da balança comercial favorável. Era preciso vender bastante para que metais externos pudessem ser adquiridos. Os países poderiam aumentar sua reserva de ouro dedicando-se ao comércio exterior. Fazia parte do pensamento mercantilista à crença de que as colônias eram outra fonte de renda para a metrópole. Baixaram-se, portanto, leis proibindo aos colonos iniciar qualquer indústria que pudesse competir com a indústria da metrópole. A chave para compreender o atrito surgido entre a metrópole e as colônias está no fato de que enquanto a metrópole julgava que as colônias existiam para ela, estas julgavam que existiam para si mesmas. Era por estar sempre em dificuldades monetárias que os governos davam tamanha importância ao amontoamento de metais preciosos. E como acreditavam também que o tesouro podia ser obtido pelo comércio, era natural considerarem os interesses do Estado e da classe de mercadores ou comerciantes como idênticos. Foi assim que o Estado tomou como sua tarefa principal o apoio e estímulo ao comércio e a tudo que se relacionasse com ele. Foi pelo comércio que o Estado se tornou grande, e conseguiu sua cota na expansão dos negócios e territórios. O mercantilismo era o regime dos mercadores. Os mercantilistas acreditavam que, no comércio, o prejuízo de um país era lucro de outro. Não