Ostentação
1. O método do pensamento marxista
É um pensamento materialista, que parte do objetivo para o subjetivo, e retorna deste para aquele, mantendo o primado da realidade fora do homem como campo de ação do próprio homem.
É histórico e não se dissocia da história em virtude da praxis social que é inerentemente histórica.
É um pensamento dialético, que busca, em cada processo, as contradições polares, isto é, as contradições que acionam o processo e que abrem caminho para o futuro, bem como o desenvolvimento dessas contradições em sua luta permanente.
2. A práxis
A praxis é a atuação consciente e dotada de finalidades que o homem estabelece sobre os processos da natureza e sociais. E por isso é importante acentuar:
A praxis é essencialmente coletiva (o que não exclui, é óbvio, a ação do indivíduo), significando que ela se exerce por uma ação dos homens organizados na sociedade.
A praxis só adquire seu pleno caráter quando apropriada por um grupo social ou por uma classe social. Assim ou ela é um elemento de feroz manutenção de privilégios de de grupos, ou um elemento de não menos feroz modificação da sociedade.
A praxis, portanto, não tem nem pode ter imparcialidade. É parcial, como os processos, e tem a base da sua radicalidade numa materialidade intransponível para os homens.
3. Conceitos elementares do materialismo histórico
3.1. Infraestrutura ou Forças Produtivas
A primeira afirmação de Marx é que o aspecto fundamental de toda sociedade passa pela relação que estabelecemos homens com a natureza para produzir, ou seja, como é seu trabalho produtivo (se caçam e pescam, ou cultivam a terra, ou instalam gigantescas fabricas e usinas nucleares).
A esta relação entre os homens e a natureza denominamos infra-estrutura ou ainda, forças produtivas. Para arrancar da natureza suas riquezas, para explorá-la mais e melhor, o homem com seu trabalho, dispões das mais distintas matérias-primas, que só ele descobre e