Osman LIns Analises
A literatura já foi objeto de vários estudos científicos ao longo dos tempos. E sempre o que se pode observar é que ela sempre foi extremante preocupada em explicar ou explanar sobre questões do mundo, e como o homem se comportava nele. O mimetismo ao real sempre foi extremamente utilizado para isto, já que a narrativa considerada tradicional e basicamente baseada nesta relação de proximidade com o natural, físico e “verdadeiro”, ao ponto que ela também nunca se preocupou em falar, questionar sobre ela mesma, não havia dentro da literatura uma preocupação em questionar a literatura em si. As obras de meta ficção, chamada por muitos de literatura da pós-modernidade quebra com essa mistificação. Sendo conhecida também como metalinguagem, pois é a linguagem sobre a linguagem.
Deste modo, a narrativa metaficcional não apresenta um discurso monorreferencial homogêneo, mas um discurso intertextual, polivalente e plurifuncional, que discute, sobretudo, os problemas relacionados aos procedimentos narrativos e romanescos do texto literário, através de um discurso reflexivo, crítico e analítico, que apresenta auto desvelamento dos problemas de escrita ficcional. (CAMARGO, 2009 p. 57)
Podemos então dizer que mimesis do produto tem sua ênfase nos fatos que evidenciam a narrativa, que fazem o leitor a entender a história, os fatos. Mas quando a ênfase está no processo de criação da própria narrativa podemos dizer então que o foco está direcionado à mimesis do processo. Enquanto a narrativa tradicional preocupava-se em tratar apenas de assuntos “alheios” podemos perceber que na literatura de metaficção há uma preocupação em tratar de assuntos que dizem respeito à própria literatura, uma narrativa sobre a narrativa, por isso chamada por muitos de narrativa narcisista. Temos aqui o foco na mimesis do processo, onde a atenção central não é a historia em si, mimesis do