Oscar Tenório
A julgar por suas manifestações precoces diante dos acontecimentos políticos nacionais que repercutiam nas Alagoas e por suas ulteriores refregas como estudante de direito no Rio de Janeiro, não constituiria nenhuma surpresa se tivesse enveredado pelos meandros da política.
Já em 1915, quando o assassinato de Pinheiro Machado "alvoroçou todo o Nordeste, como se pelo crime se fizesse a salvação da Pátria, o menino de 10 anos participou das comemorações como um adulto" registrou ele no artigo "Reminiscências na Despedida"(1) , quando deixou a Reitoria da UERJ.
Alguns anos depois, em 1921, Nilo Peçanha, na qualidade de líder do Movimento da Reação Republicana, opôs-se à candidatura de Artur Bernardes à Presidência da República e para combatê-la percorreu a costa brasileira, no navio Íris, do Rio de Janeiro até o Amazonas. Ao passar por Maceió, quem o saudou em praça pública foi o jovem Oscar Tenório.
Nessa época, ele já cursara o Colégio Diocesano e fazia os preparatórios no Colégio de Agnelo Barbosa, em Maceió, para ingressar na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, onde fez o curso de bacharelado de 1923 a 1927. Durante os tempos acadêmicos, a política continuou a fervilhar no seu sangue nordestino. Teve atuação saliente no CACO — Centro Acadêmico Cândido de Oliveira, e engajou-se nas disputas das facções estudantis, fundando o Grupo de Renovação Universitária, órgão que reivindicava modificações no ensino superior. A propósito, recordou o professor João Lyra Filho, em improviso na homenagem prestada a Oscar Tenório por sua eleição para a Presidência da União Internacional dos Magistrados, que, em 1926, juntamente com o homenageado e seus contemporâneos, Luiz Galloti e Adauto Lúcio Cardoso, integrou a delegação carioca que compareceu ao 1º