Resenha crítica do Conto Igreja do Diabo
Por
THALITA MACHADO ROSA
JÉSSICA HELENA SANTOS DA COSTA
Alunas da FAETEC Oscar Tenório.
Trabalho apresentado ao professor Alexandre Guimarães, no curso de Ensino Médio em Gerência em saúde.
E.T.E Oscar Tenório
3° Trimestre, 2014
Resenha crítica do Conto “A IGREJA DO DIABO” - Machado de Assis
O conto “A Igreja do Diabo” teve sua publicação em 1884, no livro Histórias sem data. O nome é totalmente justo porque, logo com a primeira leitura do conto, o leitor nota com grande força a abordagem do tema de uma forma atemporal.
A obra Machadiana é dividida em quatro capítulos, e está envolta no movimento realista. Na época em que lançado o conto, o Realismo vinha em contra ao Romantismo em crítica à humanidade e à sociedade. Enquanto outros autores retratavam as paisagens brasileiras em suas obras, Machado de Assis, mostrava o homem em sua essência: metade do bem, metade do mal, sem definir seus personagens como malvados ou bonzinhos, mas como simplesmente, humanos. Críticas à burguesia e à Igreja são características bem presentes nas obras machadianas também.
A narrativa de “A Igreja do Diabo” conta do dia em que o diabo, sempre farto de poder e cansado da desorganização histórica em que vivia, resolve fundar sua própria igreja, com suas próprias regras. E regras muito atraentes para o povo: ir em oposição a todas as leis, em especial, as leis divinas. O maior inimigo de Deus visava conquistar o fim das desigualdades entre as religiões do mundo inteiro, prometendo uma igreja única e infinitos lucros aos afiliados. Praticar o bem seria então condenável e fazer o que todos sempre tiveram que reprimir seria maravilhoso.
Na leitura do conto, pode se observar o quanto o ser humano por natureza é contraditório. Às vezes chega à parecer que tudo aquilo que é distante ou proibido pra nós, é o que mais teremos sede