Resenha cr tica do conto A Igreja do Diabo
Certo dia o Diabo teve a grande ideia de fundar uma igreja pois estava cansado de ter tantos súditos e não ter organização, um ritual, enfim estava cansado de não ter regras. O Diabo pensava que ao abrir uma igreja, estaria destruindo de vez todas as outras religiões, enquanto as outras se combatiam e dividiam, a igreja do Diabo seria única. Decidido isso ele foi aos céus avisar a Deus e desafiá-lo.
Chegando ao infinito azul, o Diabo encontrou Deus e o comunicou sobre a Igreja dizendo que faria todos os humanos negares suas virtudes e desceu a terra para colocar seu plano em prática.
Uma vez na Terra o Diabo não perdeu um minuto, entrou para espalhar uma doutrina nova e extraordinária. Prometeu a seus discípulos e fiéis as delícias da terra, todas as glórias. Confessava que era o Diabo para provar para os seres humanos que ele não era tudo que Deus falava e que também era um pai e podia dar tudo que fosse pedido. A multidão veio mesmo aos seus pés.
Ele clamava que as virtudes aceitas deveriam ser substituídas pelas naturais e legítimas. A soberba, a luxuria, a preguiça foram reabilitadas e assim também a avareza, que declarou não ser mais do que a mãe da economia. A ira e a gula agora eram muito bem vistas.
Quanto a inveja, pregou friamente que era a virtude principal, preciosa, que chegava a suprir todas as outras.
Ele chamava a fraude de braço esquerdo do homem, o direito era a força.
A demonstração mais rigorosa e profunda foi à venalidade, dizia ele que era o exercício de um direito superior a todos os direitos. Se você pode vender a sua casa, o seu boi, porque não pode vender sua opinião? o teu voto, tua fé? Coisas que são mais do que sua, porque são sua própria consciência, isto é, tu mesmo?
E assim o Diabo descia e subia, examinava tudo. Todas as formas de respeito foram condenadas por eles, a única exceção do interesse.
Para arrematar a obra entendeu o Diabo que lhe cumpria cortar por toda a