Os tipos de pensamento
1. O PENSAMENTO MÁGICO
Uma das formas culturais mais antigas de pensamento, da qual há registros desde o homem da caverna, é o pensamento mágico. Para esse homem das cavernas a magia não é o que entendemos por religião, mas uma crença na realização de desejos mediante certas práticas. Assim, desenhavam animais nas paredes das cavernas, achando que adquiriam a posse desses animais com a sua representação em desenho. Se o animal era morto no desenho, acreditavam tê-lo matado na realidade. Resíduos de tal tipo de pensamento são encontrados em nossas superstições. Assim, acreditamos que bater na madeira ou “fazer figa” com os dedos afasta o azar. Em suma, o pensamento mágico baseia-se em um tipo de lógica irracional dos desejos que tenta vencer o medo e interferir nos acontecimentos.
2. O PENSAMENTO MÍTICO
Do pensamento mágico, o homem evoluiu para o pensamento mítico, mais elaborado, que procura explicar os fenômenos. O mito é uma narrativa sagrada, uma história tida como verdadeira, fundada na crença de uma ordem sobrenatural. Nessa história as personagens são deuses que simbolizam fenômenos da natureza ou qualidades e estados humanos. Assim, na mitologia grega, Eros simboliza o amor, e Anteros o ódio; Zeus é o poder; Palas Atena é a sabedoria. Muitos mitos, chamados cosmogônicos, são sobre a criação do cosmo ou universo. Contam os gregos que na origem de tudo só havia um deus chamados Caos, uma espécie de nebulosa sem forma definida, contendo as sementes de tudo. Do Caos nasceram a noite e o dia, o céu, o ar, a terra, os homens, os planetas, astros e estrelas. Em suma, do Caos nasceu o universo, uma ordem ou organização natural. Essa história mostra uma analogia, uma semelhança, com o próprio processo de criação. Criar é partir de um caos para uma organização, para uma ordem. De trevas, para luzes. Quando você cria uma redação, no princípio é um caos de pensamentos nebulosos. Após o esforço ordenado, o pensamento e a linguagem