Os Sofrimentos do Jovem Werther - Goethe
Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832) foi um escritor alemão e pensador que também fez incursões pelo campo da ciência. Como escritor, Goethe foi uma das mais importantes figuras da literatura alemã e do Romantismo europeu, nos finais do século XVIII e inícios do século XIX.
O livro Die Leiden des Jungen Werthers inaugura o romantismo. Mais do que trágico e impactante final, a grande ruptura realizada por Goethe no livro foi a expressão do desejo pelo impossível, um dos conceitos-chave para se entender as bases do pensamento romântico.
Por meio da poderosa obra de Goethe, é possível inferir que o amor e uma força que está além do bem e do mal; o que se faz por amor é inigualável e incomparável. A natureza humana é limitada: ela suporta a alegria, a tristeza, a dor, até certo ponto; se o ultrapassar, irá sucumbir. A questão não é saber, pois se um homem é forte ou fraco, mas se é capaz de suportar a medida de sofrimento, moral ou físico, não importa, que lhe é imposta. O livro consiste em uma coletânea de cartas que o jovem Werther, que ao tomar a decisão de partir da cidade e afastar-se da família e de suas relações conturbadas, enviou ao seu amigo Leonor. Os homens sofreriam menos se não se concentrassem tanto da lembrança de seus males em vez de esforçar-se para tornar o presente suportável.
Werther, um jovem romântico, apaixonado, extremamente sentimental e que valoriza a liberdade acima do trabalho foge da sua vida conturbada na cidade e passa a viver em Wilhelm, cidade do interior alemão. Desde sua chegada, se torna explícito o seu fervoroso amor por Deus e pela natureza. Seu ardente coração produz uma ilusão celestial fazendo de tudo o que o rodeia um paraíso, e em sua alma reinava uma serenidade maravilhosa. Sua liberal profissão consistia em arte; era um pintor naturalista, e em sua visão, tudo era magnífico, sentia “a presença do Todo-Poderoso que nos criou à sua imagem e semelhança; e o sopro do seu infinito amor