Romantismo em sofrimentos do jovem werther
Publicada por Goethe em 1774, a obra “Os sofrimentos do jovem Werther” representou um grande marco no movimento literário romântico.
Nela, pode-se perceber a intensa influência da natureza, que ao longo da história irá interagir com o eu lírico. Esta característica se evidencia nas seguintes passagens:
“Reina em minha alma uma serenidade maravilhosa, semelhante à das doces manhãs de primavera que procuro fruir com todas as minhas forças. [...] quando sinto bem próximo do meu coração o formigar de um pequeno mundo escondido sob as ervas, essa multidão inumerável de pequeninos vermes e insetos [...] e sinto a presença do Todo-Poderoso que nos criou à sua imagem e semelhança [...]”.
(10 de maio)
(No trecho citado, Werther ainda não conhece Charlotte. A natureza é bela e serena)
“E desde então, o sol, a lua e as estrelas podem continuar a brilhar, porém eu mais não sei quando é dia e quando é noite; o universo inteiro não mais existe para mim”.
(19 de Junho)
(Werther conhece Charlotte e apaixona-se por ela. A natureza assume um ar insignificante.)
“Que espetáculo assistir do alto do rochedo as ondas revoltas cobrindo os campos, os prados, os arbustos e tudo o mais, para formar, de uma ponta a outra do vale, um mar tumultuoso, entregue ao sibilar dos ventos!”
(12 de Dezembro de 1772)
(Werther descobre que não pode ser correspondido e decide suicidar-se. A natureza assume um aspecto revolto como se representasse a extensão de seu estado emocional.)
Uma outra importante característica romântica é o subjetivismo, aliado ao sentimentalismo, onde as intenções estão voltadas para o interior humano e há uma super valorização dos sentimentos. Percebe-se na obra, a presença dessas características nos trechos:
“Tenho tanto!. E o sentimento que tenho por ela devora tudo. Tenho tanta coisa, mas sem ela tudo para mim é como se não existisse.”
(27 de Outubro de 1772, à tarde)
“As vezes digo a mim mesmo: seu