DOENCAS TRANMISSIVEIS

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) se caracterizam por apresentarem, de maneira geral, longo período de latência1 com um tempo de evolução prolongado e etiologia desconhecida, causando lesões irreversíveis e complicações que podem acarretar incapacidade ou óbito. Acredita-se, que a ocorrência dessas doenças esteja relacionada a um conjunto de fatores que interagem entre si, potencializando os seus efeitos (BRASIL, 2011).
No Brasil, elas são classificadas em quatro principais grupos (BRASIL, 2011):
 Circulatórias;
 Câncer;
 Respiratórias crônicas;
 Diabetes.
As desigualdades sociais, as diferenças no acesso aos bens e aos serviços, a baixa escolaridade e as desigualdades no acesso à informação são apontadas como determinantes sociais das DCNT. Já os fatores de risco modificáveis, passíveis de prevenção, são o tabagismo, o consumo de bebida alcoólica, a inatividade física e a alimentação inadequada (BRASIL, 2011).
No Brasil, as DCNT correspondem a 72% das causas de mortes, atingindo fortemente as camadas mais pobres da população e os grupos vulneráveis. No ano de 2007, a taxa de mortalidade por DCNT no Brasil foi de 540 óbitos por 100 mil habitantes. Na última década, pode-se observar uma redução de cerca de 20% dessa taxa, e parte dessa redução se deve à expansão da Atenção Básica, a melhoria da assistência e a redução do tabagismo (BRASIL, 2011).
O Brasil, nos últimos anos, vem organizando ações a fim de estruturar e operacionalizar um sistema de vigilância específico para as DCNT, de modo a conhecer a distribuição, a magnitude, a tendência e os fatores de risco dessas doenças (BRASIL, 2011).
SAIBA MAIS
Você conhece o VIGITEL? Ele foi implantando, em 2006, pelo Ministério da Saúde e realiza inquéritos por telefone, que investigam a frequência de fatores de risco e proteção para doenças crônicas e morbidade referida em adultos (≥18 anos) residentes em domicílios com linha fixa de telefone nas capitais do Brasil. São realizadas cerca de 54