Os Sofistas
Os sofistas foram os primeiros filósofos do período socrático. Apresentavam-se como grandes mestres de oratória ou de retórica, afirmando ser possível ensinar aos jovens a arte da persuasão para que pudessem se tornar bons cidadãos, ou seja, aprenderiam a defender sua posição ou opinião, tendo fortes argumentos e assim ganhando uma discussão. Enfim proclamaram possuir a arte de educar os homens e de prepará-los para a vida política, oferecendo-lhes novas ideias e novos instrumentos.
O termo “sofista” significa sábio, e precisamente sábio em cada um dos problemas que dizem respeito ao homem e à sua posição na sociedade. A sofística se agrupa em grupos:
A primeira geração dos mestres (Protágoras, Górgias e Pródico):
Protágoras:
Primeira forma de relativismo: o indivíduo é “medida de todas as coisas” e, portanto também do bem e do mal, do verdadeiro e do falso. E está vinculado ao critério do útil. É a força da razão com a qual se pode tornar forte o argumento mais fraco (antilogia) e buscar o útil da cidade.
Górgias:
Primeira forma de niilismo: não existe bem e mal, verdadeiro e falso, porque nada existe. E mesmo se existisse não seria cognoscível, e mesmo se fosse cognoscível não seria comunicável. É a retórica, ou seja, a capacidade de usar a palavra e o discurso e de desfrutar a capacidade de sugestão e de persuasão com fins próprios.
Pródico:
Interpreta em chave utilitarista a moral e particularmente o conceito de bem. É o conhecimento da arte da sinonímia, que permite encontrar os sinônimos para tornar os discursos mais convincentes.
Os Eurísticos:
Deformam a técnica de antilogia para construir sofismas (debates) capciosos. Isto é, a vontade do mais forte que se impõe sobre o mais fraco.
Os sofistas políticos:
São aqueles que usam o niilismo e a retórica gorginiana, além da contraposição entre lei e natureza nos seus discursos.
Sofistas naturalistas:
Ligados aos mestres da primeira geração contrapunham a lei natural à