Os Sete Samurais
Akira Kurosawa foi um famoso diretor e roteirista japonês, um dos mais importantes no cenário pós-guerra do Japão. Seus filmes constantemente visitam temas históricos e se valem muito do subgênero Chambara (subgênero de luta com espadas).
O longa em questão se passa no Japão, na guerra civil do início do século XVI. Conta a história de uma vila constantemente atingida por saques de bandidos que decide contratar samurais para se defender, mas pode oferecer apenas 3 refeições como pagamento. Kambei é um nobre samurai, porém possuidor de muitas derrotas segundo ele próprio. É o primeiro a aderir à causa da aldeia e passa a agir como uma espécie de líder. Ainda que contra a sua vontade, acata o jovem Katsuhiro como discípulo e juntos eles recrutam outros quatro samurais até Kikuchiyo se juntar ao grupo mais por teimosia que por merecimento à primeira vista.
Os sete chegam à aldeia e continuam lá até a chegada dos bandidos. Nesse hiato de tempo armam um plano, reformam a vila com cercas e valas e educam os camponeses militarmente. Nesse tempo também há espaço para muitos conflitos.
A história contém muitos elementos clássicos, principalmente através do uso de figuras conhecidas: o velho sábio; o nobre guerreiro; o jovem aprendiz que amadurece ao longo da trama; a pessoa velha que viu morrer todos seus descendentes; o bobo que se mostra com mais profundidade que os outros.
O uso desses símbolos é reforçado pelas interpretações exageradas, quase teatrais, que conhecemos dos filmes de Kurosawa. E nesse particularmente, o exagero da interpretação se encaixa com maestria e ajuda a reforçar os estereótipos. Vemos constantemente as caretas do bobo, a carranca do velho e há um aldeão que está