Os sertões

Os sertões de Euclides da Cunha

Euclides da Cunha retrata a situação do nordeste no momento histórico, mesmo dificultando a compreensão da obra pela sua linguagem rebuscada (linguagem barroca). O livro relata detalhadamente uma das maiores batalhas no período inicial da República brasileira, a Guerra de Canudos. Conta questões topográficas, antropológicas e até mesmo relata estratégias militar, e tudo que pode enfatizar a obrar para uma melhor compreensão. O livro foi desbravador na sua época. O autor foi minucioso ao relatar cada fato em uma reportagem encomendada pelo jornal O São Paulo, onde fez a cobertura do conflito.
A Guerra de Canudos durou de outubro de 1896 a julho de 1897, e o livro foi publicado em 1902.
O livro “Os Sertões” foi dividido em três partes: “A terra”, “O homem” e “A luta”.
Primeira parte (I) : “A terra”. Euclides descreve o sertão baiano, onde explica o relevo do Planalto Central brasileiro, depois ele descreve a paisagem sertaneja: a seca, os dias quentes e as noites frias, a paisagem repleta de árvores sem folhas ou frutos e plantas espinhosas.
Segunda parte (II) : “O homem”. O autor trata de caracterizar os sertanejos, apresentando seu caráter, os costumes, sua relação com o meio, quando retrata a história de Antônio Conselheiro, que por sinal é o líder do arraial de Canudos. Ainda na segunda parte, Euclides destaca as diferenças entre o povo sertanejo e o povo litorâneo, concluindo que os sertanejos são isolados da civilização, e consequentemente afastados de seus bens culturais e materiais. Antônio, o líder de Canudos conhecido como “O Conselheiro” foi um reflexo da batalha árdua e diária. Antônio nasceu em Quixeramobim cidade do estado do Ceará, e lá mesmo trabalhou e se casou. Foi traído e resolveu explorar os sertões. Durante esse jornada instalou-se numa fazenda que segundo as autoridades era considerada abrigo para criminosos. O Governo do estado da Bahia organizou uma expedição com o intuito de destruir o arraial de