os sem terra
17 de setembro de 2014
Por Gustavo Marinho e Rafael Soriano
Da Página do MST
Foram mais de 600 toneladas de produtos comercializados durante a 15ª Feira da Reforma Agrária, que aconteceu entre os dias 10 a 13 de setembro na capital alagoana, em Maceió.
Assentados e acampados de todo o estado puderam mostrar a força da agricultura camponesa ao levaram alimentos saudáveis, artesanatos, discussões sociopolíticas e manifestações culturais à população de Maceió, ao ocuparem por quatro dias a Praça da Faculdade (praça Afrânio Jorge).
A velocidade e o volume da comercialização demonstraram o déficit que vive a população urbana em relação ao acesso a alimentos saudáveis e sem agrotóxicos.
E a realização das feiras da Reforma Agrária em diversos estados tem representado a proposta dos Sem Terra em relação ao modelo de agricultura proposto pelos camponeses para o campo brasileiro.
“Essas feiras é a desvelada e real demonstração da necessidade de um modelo de agricultura que não esteja preocupado com o lucro, a especulação e a destruição dos bens da natureza”, acredita Débora Nunes, da coordenação nacional do MST.
Segundo Débora, o MST fortalece um processo de conscientização de base audacioso no campo, que propõe uma real transição a uma agricultura de matriz agroecológica.
“Por isso, defendemos e insistimos na mudança de matriz produtiva e tecnológica, com uma produção agroecológica que cuide da terra, das águas e principalmente da vida das pessoas. Defendemos e lutamos por um modelo que produza alimentos saudáveis para a sociedade”, afirma.
Segundo dados Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, cada brasileiro consome em média 5 litros de veneno por ano. Em 2013, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) relacionou essas informações com o crescente aumento das ocorrências de câncer na população brasileira.
04 de março de 2014