terra
Graciliano Ramos
Apresentação
Você já reparou como nem sempre estamos satisfeitos com a maneira como somos? Se nossos cabelos são encaracolados, gostaríamos que fossem lisos; se são lisos, gostaríamos de ter cachos. Se temos olhos escuros, gostaríamos que fossem claros; se são claros, invejamos os que os têm escuros. Se somos muito altos, gostaríamos de ser mais baixos; se baixos, desejaríamos ser altos.
Muitas vezes nos identificamos e nos aproximamos daqueles que se parecem mais conosco no gosto, nas afinidades... Por isso, procuramos nossos pares: aqueles dos quais gostamos de estar perto, aqueles de quem desejamos receber afeto.
Graciliano Ramos nesta história fantástica, “A terra dos meninos pelados”, aborda esse assunto fundamental na nossa vida: o que é ser diferente? Precisamos ser iguais aos outros para sermos aceitos? As diferenças podem nos separar, criando conflitos? Você pode imaginar uma história com um anão que adora chorar e um menino sardento que quer pintar todo mundo? Já sobre a menina Caralâmpia nem vamos falar, você vai descobrir lendo a história e conhecendo todos os seus personagens. Você vai gostar do Raimundo e de ir com ele até “A terra dos meninos pelados”. Da próxima vez que alguém disser que você é diferente ou você conhecer um amigo diferente, poderá entender o que faz cada um de nós ser diferente e vai achar muito legal!
Os Editores
Conhecendo o escritor
Graciliano Ramos de Oliveira nasceu em 27 de outubro de 1892, em
Quebrângulo, Alagoas. Criado na Fazenda Pintadinho, no sertão de Pernambuco, aos sete anos de idade ingressou no internato Alagoano, em Viçosa, e ali publicou sua primeira obra: o conto "Pequeno pedinte", no jornalzinho “O Dilúculo” (que significa alvorada) sob assinatura de G. Ramos.
Em 1905, Graciliano foi para Maceió, sendo matriculado no Colégio Quinze de Março. Sob o pseudônimo “Almeida Cunha” — um dos hábitos do escritor era a adoção de