Os ralos de oportunidades
Faça duas perguntas aos seus talentos: 1. Você se deparou recentemente com uma situação onde percebeu uma boa oportunidade para a empresa, mas não encontrou uma maneira e ou o tempo necessário para amadurecer ou testar suas ideias? 2. Caso fosse possível passar adiante suas ideias e percepções, sem receio que isto fosse sobrecarregar ainda mais suas atuais atividades e responsabilidades, e ainda, preservando a autoria da sua contribuição, você exporia suas idéias voluntariamente? Empresas competitivas normalmente obtem respostas positivas para ambas as perguntas. Mas por que é tão difícil transformar rapidamente as ideias e visões das pessoas em resultados? Eis alguns dilemas que podem gerar ralos de oportunidades: Resultados urgentes X atividades importantes Embora pareça óbvio que as empresas devam buscar todas as metas urgentes e também fazer o que pode ter alto impacto no médio e longo prazo, a verdade é que muitas atividades importantes ficam de fora da agenda dos talentos da empresa. "Tudo bem que você não agregou algo de novo este mês, desde que tenha batido suas metas!" Mas enquanto nos esmeramos tanto em bater as metas do mês, será que houve tempo para pensar em algo que garantiria os resultados do semestre ou até do ano inteiro? Se a única preocupação do Circo de Soleil fosse vender ingressos ou apresentar números impecáveis, jamais teria surgido o novo conceito do negócio que diferenciou claramente a empresa dos seus concorrentes circenses tradicionais. Pensamento convergente X pensamento divergente No imediatismo do mundo corporativo, as atividades ligadas a processos práticos (onde predominam o raciocínio lógico, pragmático, convergente) costumam representar a maior parte do esforço das organizações para o alcance dos resultados propostos. Dessa forma, sobra muito pouco tempo para a abstração, amadurecimento de novos conceitos e ideias produzidas pelo lado direito do cérebro (hemisfério responsável pelo pensamento criativo,