Os Pré-Socráticos (Parte II)
Heráclito de Éfeso (540-475 a.C aproximadamente)
Considerado um dos mais importantes filósofos pré-socráticos e o primeiro grande representante do pensamento dialético, Heráclito de Éfeso é concebia a realidade do mundo como algo dinâmico, em perene transformação.
Em sua escola filosófica chamada de mobilista (de movimento) apresentava que a vida era um fluxo constante, impulsionado pela luta de forças contrárias: a ordem e a desordem, o bem e o mal, etc. E afirmava que é pela luta das forças opostas que o mundo se modifica e evolui.
“O ser não é mais que o vir-a-ser.” Heráclito
Parmênides de Eléia (510-470 a.C aproximadamente)
Tornando-se célebre por fazer oposição a Heráclito, Parmênides defendia a existência de dois caminhos para a compreensão da realidade:
O primeiro a é o da Filosofia: da razão, da essência, onde ele conclui que o ser é eterno, único, imóvel e ilimitado, sendo este o ser puro: o ser ideal do plano lógico e sendo esta a via da verdade pura a ser buscada pela ciência e pela filosofia. O ser é, e não é concebível sua não-existência.
O segundo é o caminho crendice, da opinião pessoal, da aparência enganosa, que ele considerava a “via de Heráclito”, em que, segundo ele, por essa via tudo se confunde em função do movimento, da pluralidade e do devir (vir-a-ser). Em sua concepção, essa via precisava ser evitada para não se ter de concluir que “ o ser e o não-ser são e não são a mesma coisa”.
Zenão de Eléia (488-430 a.C)
Era discípulo de Parmênides e elaborou argumentos para defender a doutrina de seu mestre, dentre eles se destaca o Paradoxo de Zenão, em que pretendia demonstrar que a própria noção de movimento (apresentada por Heráclito) era inviável e contraditória. Entretanto, esses argumentos demonstram as dificuldades por que passou o pensamento racional para compreender conceitos como movimento, espaço, tempo e infinito.
Empédocles de Agrigento (490-430 a.C aproximadamente)
Empédocles