OS PROBLEMAS GERADOS NO BRASIL PELA COPA DO MUNDO
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Faltando apenas um ano e meio para a Copa do Mundo, o país já começou a adequar suas expectativas em relação ao evento. Convencidos de que não serão capazes de fazer um Mundial irretocável - em função, por exemplo, dos avanços tímidos em áreas como mobilidade urbana e infraestrutura aeroportuária -, os brasileiros agora trabalham nas poucas soluções que ainda podem ser perseguidas a tempo de melhorar a recepção aos visitantes em 2014. Dentro desse contexto, os tropeços, dados como inevitáveis, ganham uma importância maior que os êxitos - e fazem das oportunidades perdidas pelo país desde 2007, quando foi confirmado pela Fifa como sede do evento, uma herança até mais importante que as melhorias concretas que o Mundial trará. "O grande legado da Copa será a insatisfação que ela vai provocar no país. Não podemos mais fugir de discutir nossos problemas. Após 64 anos, em 2014 o Brasil irá sediar novamente uma Copa do Mundo de Futebol. Faltando pouco mais de dois anos para o início do evento, o que vemos é um país em obras, correndo contra o tempo para cumprir prazos e qualidade estipulados pela Federação Internacional de Futebol, FIFA. Trazer a Copa do Mundo para o Brasil e os Jogos Olímpicos de 2016 foi uma decisão acertada. O que se critica é a falta de planejamento nas obras necessárias, principalmente quanto a valores, locais e à mobilidade urbana. Com a nossa folclórica burocracia, era certo que os atrasos ocorreriam. Foram discursos verborrágicos e demagógicos que redundaram na obviedade latina: atrasos.
Para sediar um evento desse porte, estima-se que o Brasil irá investir cerca de R$ 36,4 bilhões, sendo R$ 12,7 bilhões em transportes e mobilidade, R$ 7,2 bi em reformas e construção de novos estádios e R$5,3 bi em modernização dos aeroportos. Do mesmo modo, acredita-se que a Copa do Mundo de 2014 trará ao país um lucro de R$183 bilhões para a economia entre 2010 e 2019. Aliado a esses números, está a expectativa de geração de 700 mil empregos, permanentes e