Os principais problemas da má distribuição de alimentos no Brasil
O Brasil é um dos grandes produtores de alimentos do mundo. De acordo com a presidente da República, Dilma Roussef, durante o programa Café com a Presidenta do dia 10 de junho de 2013, o Brasil bateu o recorde de produção de alimentos no ano passado. A safra de grãos foi de 184 milhões de toneladas, representando um crescimento de quase 11%. A área plantada aumentou 4,6%.
No entanto, todo este alimento não chega à mesa dos brasileiros de forma igualitária. A grande maioria do alimento produzido é destinada à exportação. Segundo o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Lopes, o Brasil superou a situação de importador de alimentos para a auto-suficiência e, mais do que isso, para ser um grande provedor de alimentos para o mundo.
Hoje, o país é o terceiro exportador mundial de produtos agropecuários, com vendas que somam em torno de US$ 100 bilhões.
O segundo problema que impede do alimento chegar aos brasileiros é o desperdício. De acordo com o Instituto Ethos, todos os anos, são perdidos cerca de 11 milhões de toneladas de comida durante seu processo de colheita. O armazenamento e o transporte são fatores que ajudam a aumentar ainda mais o número de alimentos desperdiçados.
Tanto na área rural, quanto nos supermercados e centros abastecedores, no sentido de economizar espaço, os alimentos são encaixotados em camadas excessivas, o que gera muito peso nos produtos que estão no fundo das caixas.
As feiras-livres e os Centros de Abastecimento (Ceasa) são responsáveis por 30% de todo o desperdício de comida do País, segundo a pesquisa do Centro de Agroindústria de Alimentos da Embrapa. No final de cada feira ou de um dia de trabalho é visível a grande perda de alimentos que ocorre nesses locais. Geralmente, pessoas se aglomeram para recolher os restos que são abandonados nas ruas ou jogados em tonéis de lixo.
Essa situação reflete a má distribuição de renda