Envenenamento Trabalho
2 – Introdução
3 - A concentração fundiária no Brasil
4 - A questão da má distribuição de terras no Brasil e a reforma agrária
5 - Latifúndio, Minifúndio e Módulos rurais
6 - A modernização da agricultura brasileira
7 - A produção de alimentos no Brasil e a fome
8 – Conclusão
9 – Referências bibliográficas
A concentração fundiária no Brasil
É o índice que mede o nível de desigualdade social. Nesse caso, está medindo a concentração fundiária. Assim como IDH, ele varia de 0 a 1, ou seja, se o índice é 0 todas as terras são igualmente distribuídas em todas as pessoas e se é igual a 1 significa que apenas uma pessoa detém toda a área (de um estado ou município, por exemplo).
No caso do Brasil, observa-se uma concentração fundiária elevadíssima, uma das maiores do mundo.
A estrutura fundiária do Brasil sempre foi, desde suas mais remotas origens, injusta e desigual, concentrada nas mãos de poucos. No final do século XVIII e início do XIX, o espaço agrário brasileiro consistia apenas em algumas manchas de ocupação, separadas e distantes umas das outras. Existiam milhões de quilômetros quadrados ocupados apenas por campos e matas, sem qualquer forma de aproveitamento agropecuário. Essa organização do espaço agrário brasileiro tem suas raízes na forma de colonização do país. Naquele período, os grandes fazendeiros podiam se apropriar de todas as terras que pudessem ser cuidadas pelos escravos que possuíam. Quanto mais escravos, mais terras. De certa forma, a Lei de Terras de 1850 manteve essa concentração, cuidando apenas de abrir espaços para a entrada de imigrantes europeus, que deveriam ocupar as terras devolutas do Sul. Logo em seguida, essas terras passaram a ser desmembradas em propriedades familiares de médio e pequeno porte.
Em 1964 foi promulgado o Estatuto da Terra, uma lei com que o governo militar recém-implantado buscava acalmar os trabalhadores rurais e os proprietários de terras. Na verdade, era um projeto de