Os primeiros anos da república
A Presidência foi ocupada pelo Marechal Manuel Deodoro da Fonseca que era um militar bastante respeitado em todos os setores e o Ministério foi formado por republicanos históricos, entre eles: Campos Sales, Rui Barbosa, Benjamim Constant, Quintino Bocaiúva e Floriano Peixoto. A Primeira República, no entanto, foi marcada por tensões, nos primeiros anos em virtude da instabilidade relativa à construção de um novo Estado, que teve como destaque os proprietários de terras e as oligarquias estaduais se manifestando contra o predomínio militar que prevaleceu até 1894, depois pelos conflitos entre as diversas facções oligárquicas que buscavam ganhar maior espaço e predominância no processo de formação deste Estado.
Aos problemas descritos podem ser acrescentadas as mudanças que estavam sendo operadas no mundo na passagem para o Século XX, como conseqüência do desenvolvimento e da modernização, que marcou o surgimento de novas forças sociais.
O Governo Provisório foi formado por uma elite civil e militar heterogênea que gerou antagonismos e disputas. Nas Forças Armadas o predomínio era do Exército e entre os diversos grupos faltava uma idéia definida em relação ao regime que substituiu a Monarquia. Entre os civis se destacava a burguesia cafeeira paulista e a média burguesia urbana em menor escala dividindo-se em diferentes correntes que se opunham entre si. O Partido Republicano das Províncias se dividiram, mas todos eram unânimes na insatisfação com o poder político conquistado pelos militares.
Neste cenário a participação popular foi colocada à margem em função da fragilidade das