Os novos limites da Empresa
da empresa
Os desafios que os planejadores estratégicos enfrentarão
no século XXI. Por Kenichi Ohmae
O ambiente no qual os executivos devem elaborar suas estratégias sofreu
uma grande mudança de paradigma. Não se trata simplesmente do mundo
industrial se transformando no mundo da informação. São também as
linhas de fronteiras nacionais se apagando ou ficando permeáveis a capital,
informações, produtos e serviços, empresas e clientes. São ainda as
organizações em forma de pirâmide dando lugar a modelos achatados.
No século XIX a riqueza era criada a partir de minerais, quantidade de terra,
colônias etc.; hoje, nasce no mercado, a partir do valor agregado às
informações, ou seja, da inteligência. Antes, os empregos na indústria eram
os mais importantes; hoje 75% da força de trabalho norte-americana e
65% da japonesa estão no setor de serviços. Antes, o papel dos governos
era o de proteger indústrias e regiões nacionais mais fracas; hoje, nos países
mais prósperos, é justamente o oposto, ou seja, o de convidar grandes
empresas mundiais para atuar em seu país e se tornar mero anfitrião.
A tecnologia da informação multimídia está “reformatando” o panorama
dos negócios. Os mercados financeiros são cada vez mais importantes.
E os consumidores em todo o mundo tendem a ter gostos semelhantes.
Quem aponta essas mudanças é o lendário estrategista Kenichi Ohmae,
que, neste artigo, mostra o caminho estratégico que as empresas devem
procurar no novo cenário. O texto a seguir reúne os highlights de sua
apresentação na Conferência Internacional de Liderança Estratégica,
em Washington, da qual HSM Management participou. A palestra
de Ohmae teve grande repercussão no pensamento a respeito do
futuro da empresa.
Uma estratégia organizacional
pode ser definida como uma forma
de maximizar seus ganhos de manei- ra sustentável, oferecendo aos clientes
um valor maior do que o