Os ndios antes do Brasil Resenha
Aluno(a): Welington Augusto Blume
Nº de Matrícula: 1280299
Data: 10/03/2014
FAUSTO, Carlos. Os índios antes do Brasil. SP: Cia das Letras, 2000.
Muitos são os mitos criados em torno da civilização que povoou a américa pré-colombiana, principalmente quando falamos da nossa pátria, do nosso charmoso Brasil. Por não termos em nosso enredo uma história tão formosa quanto a dos Incas, cogitava-se – e até mesmo eu assim pensava – que nossos índios eram a povoação mais arcaica e desorganizada que por aqui passou.
A curiosidade e a criatividade dos historiadores nos trouxeram inúmeras hipóteses e boas discussões acerca do tema. Utilizando seu vasto conhecimento antropológico, Carlos Fausto propôs uma discussão que englobou Os índios antes do Brasil.
Analisando o trabalho de Julian Steward, Fausto nos apresenta os ditos estágios pelos quais posteriores trabalhos seriam efetivados. O ponto de partida fora definir o que seria considerado um povoado complexo e o que seria considerado um povoado arcaico. “Steward designou tais estágios como bandos, tribos, cacicado e estado, consagrando uma sequência até influente na arqueologia”. Essa análise foi feita “a sobra do império Inca”, que por sua vez é denominado como o estágio mais alto de desenvolvimento e organização.
Por que, afinal, os outros povos indígenas não são tão grandiosos quanto o império Inca? Para tentar responder a essa pergunta Fausto resgata questões básicas como a densidade demográfica. Um povoado com 50 pessoas, supostamente, precisa de menos organização do que um mesmo povoado de 500 pessoas. Enquanto que 50 pessoas – ainda que não necessariamente – trabalham coletivamente para suprir suas necessidades, uma habitação com 500 pessoas precisa se organizar e dividir as tarefas para que as coisas aconteçam, do contrário, haverá fome e conflitos internos.
É nesse processo lógico que o livro se desenvolve – e sim, muitos mitos acerca dos índios brasileiros