os movimento sociais

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Em meados da década de 70 entram no cenário político brasileiro novos atores sociais que se expressam através de organizações denominadas Novos Movimentos Sociais-NMS. Estes NMS se caracterizam por apresentarem uma proposta de organização desvinculada dos esquemas paternalistas e clientelistas sempre existentes na prática política brasileira. Conseguem, no seu nascedouro, imprimir uma dinâmica diferente à organização da sociedade civil, trazendo como símbolo específico a valorização da autonomia e do exercício da cidadania.

Será também neste momento histórico que os partidos políticos de esquerda se reorganizam, após o longo tempo em que estiveram desarticulados, vivendo na clandestinidade. Desta forma, com o surgimento dos movimentos sociais e a reorganização dos

partidos políticos, impunha-se a estes últimos a tarefa de assimilar as novas formas de representação e participação política colocadas pelos NMS, bem como aos primeiros apresentava-se a necessidade de repensar a perspectiva apartidária inicialmente assumida por eles.

Desta forma, a perspectiva apartidária dos movimentos sociais começou a ser apenas um projeto, uma vez que, por um lado, crescia o número de lideranças que se engajavam nos partidos exercendo uma dupla militância; e, por outro, os partidos, através de seus militantes, também começam a “investir” nos movimentos sociais no sentido de exercer alguma influência política sobre eles. Era inevitável que o tema sobre a relação partidos-movimento tornasse relevante, sobretudo na medida em que ambos começaram a ocupar um espaço comum de participação e representação política na sociedade civil brasileira.

Tornou-se assim um fato comum a presença nos movimentos sociais dos chamados agentes externos ou “sujeitos organizacionais” (Igreja, partidos políticos, ONG's, Grupos de Assessoria, intelectuais, profissionais liberais), atuando e intervindo no seu funcionamento e na sua dinâmica, especialmente nas associações de bairro. Tais agentes

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