Os lusiadas
Os Lusíadas Mensagem
— visão global — estrutura e valores simbólicos
— mitificação do herói — o sebastianismo e o mito do Quinto Império
— reflexões do Poeta: críticas — relação intertextual com Os Lusíadas e conselhos aos Portugueses
Camões, n’Os Lusíadas, e Fernando Pessoa, na Mensagem, cantam, em perspectivas diferentes, Portugal e a sua história, realçando a expansão marítima e o alargamento da fé. Enquanto o primeiro celebra o apogeu e pressente a decadência do Império, o segundo retorna às origens e às descobertas marítimas, mas situa-se na fase terminal do processo de dissolução do mesmo Império.
A epopeia Os Lusíadas celebra a acção grandiosa e heróica dos Portugueses que deram início ao grande império que se estendeu pelos diversos continentes. Ao relatar a viagem à Índia, entrecortando-a com episódios do passado e profecias do futuro, mostra a história do povo que teve a ousadia da aventura marítima, “dando novos mundo ao mundo”.
O poema épico-lírico Mensagem canta, de forma fragmentária e numa atitude introspectiva, o império territorial, retratando o Portugal que se encontra em declínio a necessitar de uma nova força anímica. Depois de relembrar um passado de heroísmo e de grandezas, ousa profetizar, numa perspectiva messiânica, um futuro que cumpra Portugal, um novo império civilizacional, que identifica como Quinto Império.
Enquanto Camões nos dá conta do heroísmo que permitiu a construção do império português, Fernando Pessoa procura libertar a pátria de um passado que se desmoronou e encontrar um novo heroísmo que exige grandeza de alma e capacidade de sonhar.
Em Os Lusíadas, Camões conseguiu fazer a