Os limites da interpretação de Umberto Eco por um viés semiótico
DEPARTAMENTO DE CIENCIAS HUMANAS E LETRAS – DCHL
DISCIPLINA: TEORIA DA LITERATURA II
DOCENTE: ADRIANA BARBOSA
George Emanuel
Ivana Santos
Limites da Interpretação de Umberto Eco e a Semiótica. Em os limites da interpretação, Umberto Eco aborda o papel do leitor no processo da interpretação tal qual foi colocado por vários outros autores, especialmente pelo semioticista Charles Sanders Peirce. Eco tem sido um dos principais teóricos a colocar o problema da interpretação da obra literária na relação texto - leitor, deslocando-a da relação autor- texto além de destacar o papel ativo e criador do leitor na interpretação de um texto literário; para tanto Umberto Eco, se vale do conceito de semiose ilimitada de Peirce. Entretanto, diferentemente de Peirce, Eco defende que a leitura do texto literário não permite toda sorte de interpretações. É tomando por base que a leitura as ideias de Peirce que Eco desenvolve a sua ''teoria da interpretação''. É entre a ''morte do autor''e o ''nascimento do leitor'' que Eco quer relembrar a importância do texto, e como este regula suas possibilidades de fruição, ou seja, a dialética entre a abertura da obra para a liberdade interpretativa do leitor e a estruturação do texto como sendo um ''organismo'' que estimula e regula sua fruição. O texto possui espaços vazios que por sua vez devem ser preenchidos pelo leitor, sendo que o mesmo deve fazer conjecturas e propor hipóteses para preencher essas lacunas, dando sentido ao texto. Eco vê o texto como um mecanismo preguiçoso já que precisa da cooperação do leitor para ter sentido. De certa forma os textos exigem do leitor certa dose de competência para que possa ser compreendido o que ele está comunicando. No entanto, muitas vezes o leitor por não possuir esta 'competência' necessária para a decodificação, acaba por fazer interpretações equivocadas. Para explicar o processo de cooperação