OS JOVENS E A POLÍTICA
Um estudo do Centro de Sondagens e Estudos de Opinião da Universidade
Católica Portuguesa
Janeiro de 2008
Pedro Magalhães*
Jesus Sanz Moral**
*Director do Centro de Sondagens e Estudos de Opinião da Universidade Católica Portuguesa e Investigador Auxiliar do Instituto de
Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
** Doutorando no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
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Universidade
Católica
Portuguesa
Principais conclusões:
As principais conclusões deste estudo, que tinha como objectivo recolher informação sobre as atitudes e comportamentos políticos dos jovens em Portugal, são as seguintes:
1. Quer de um ponto de vista quer absoluto quer comparativo, é notória a insatisfação dos portugueses com o funcionamento da democracia, assim como a existência de atitudes favoráveis a reformas profundas ou mesmo radicais na sociedade portuguesa.
Contudo, entre os mais jovens (15-17 anos) e os jovens adultos (18-29 anos), essa insatisfação é algo menos pronunciada do que entre os mais velhos, assim como tendem a existir entre eles atitudes mais favoráveis (especialmente entre os mais jovens de todos) a reformas incrementais e limitadas na sociedade portuguesa.
2. De um ponto de vista quer absoluto quer comparativo, os portugueses evidenciam atitudes de baixo envolvimento com a política. A relação entre a idade e o grau de importância dada à (e interesse na) política é curvilinear, ou seja, menor entre os muito jovens e entre os mais velhos. Contudo, as diferenças entre os jovens adultos e o resto da população activa são reduzidas, o que faz com que, comparando exclusivamente, no contexto europeu, os indivíduos com idades entre os 18 e os 29 anos, as atitudes de envolvimento político dos jovens adultos portugueses escapem, do ponto de vista da sua intensidade, aos últimos lugares europeus.
3. Os jovens encontram-se menos expostos à informação política pelos meios de
comunicação