Os Invisíveis da Sociedade Brasileira
Há mais de dez anos o Brasil vem sendo considerado uma das quatro nações emergentes do mundo, tornando-se desta forma, um dos países formadores do BRICS e MERCOSUL e, além disso, é uma das maiores economias do globo, pois encontra-se hodiernamente em posição de destaque no cenário econômico mundial.
Paradoxalmente a esta realidade supracitada, a pobreza se alastra pelos mais diversos locais do país, segundo o CENSO do IBGE cerca 0,6% a 1% da população brasileira são moradores de rua, assim, a questão mais importante neste momento é conciliar o crescimento econômico com a redução das desigualdades sociais, que continua a crescer a passos largos. Muitos cidadãos brasileiros morrem em filas de hospitais e postos de saúde públicos por falta de atendimento médico, limitam-se à educação sucateada oferecida pelo Estado, a segurança pública bem como alimentação, moradia e lazer tornam-se artigos de luxo e, diversas vezes, sem acesso a dignidade humana, acabam oprimidos e esquecidos pelo sistema, sendo levados a viver de maneira marginalizada pelo seu estereótipo em áreas insalubres – palafitas, encostas, praças públicas, córregos, sob pontes, terrenos baldios, lixões, “cracolandias” e etc.
São estes os invisíveis, os indesejados da sociedade brasileira que deveras vezes é cruel e excludente. São homens, mulheres, jovens e crianças de todas as idades e etnias, que ao serem desprezados pelo Estado de Direto, se vêm no fosso social, cujo segrega e marginaliza-os, tornando difícil ou quase impossível sair deste local, onde o governo não chega, exceto representado pela repressão caricatural das policias.
Vale salientar que, outros fatores como: doenças mentais (Alzheimer, Síndrome de dawn e etc.) depressões (pós-parto, perda de ente querido, decadência financeira, fim de relacionamentos, desestruturação familiar e etc.), o insucesso no processo de migração interna (cujo foi um dos grandes responsáveis pelo crescimento demográfico