desigualdade social
NA FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA
Ava da Silva Carvalho Carneiro1
. Estes dois
autores apontam em suas obras a desigualdade social como um fenômeno constituinte
da sociedade brasileira. Jessé Souza também critica a visão de autores da sociologia
clássica quanto o surgimento da desigualdade na história da colonização do Brasil. Para
evitar o reducionismo, os autores buscam compreender a invisibilidade social a partir de
uma investigação aprofundada do tema da desigualdade e para isso, dialogam com
diversas perspectivas ao darem conta de temas eminentemente históricos nesta
Palavras-chave: desigualdade social; invisibilidade social sociedade brasileira.
Em 2006, Jessé Souza lançou o livro A invisibilidade da desigualdade brasileira
que, embora trate de forma mais específica o tema da invisibilidade social, faz parte de
um longo projeto deste autor pelo desenvolvimento de uma teoria social crítica para
explicar a modernidade periférica e a elaboração de uma alternativa teórica em relação
aos paradigmas do personalismo/patrimonialismo. Segundo Souza (2000), autores da
clássica sociologia brasileira como Sérgio Buarque de Hollanda, Raimundo Faoro e
Mestranda do Programa de pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal da Bahia avapsi@gmail.com Roberto DaMatta ao tentarem construir em suas obras uma identidade nacional do povo
brasileiro recaem em uma “teoria emocional da ação”, que embora exalte as qualidades
desse povo, não aborda as principais causas da desigualdade no país. Nesta corrente, a
sociedade brasileira é analisada a partir de noções como o personalismo, o familismo e
o patrimonialismo e a explicação do jeito de ser brasileiro fica reduzida a estes
conceitos. Para Souza (2006) os esquemas explicativos utilizados por Hollanda, Faoro e
DaMatta tendem a perder sua relação com qualquer realidade mais ampla a partir do
momento que eles