Os indios e a ditadura

Os índios e a ditadura.

Hoje é o dia 1 de abril de 2015. Mas alguém sabe o que esse dia significa? Sim. É conhecido nacionalmente como o dia da mentira. E porque é conhecido assim?
É por que há 51 anos atrás, nesse mesmo dia, o Brasil conheceu o que era uma ditadura militar. Um grande golpe que derrubou o governo do então presidente João Goulart, tirando assim a liberdade de muitos brasileiros. Esse regime teve duração de 21 anos e apenas teve fim em 15 de março de 1985. E nesses 21 longos anos foram descobertos mais tarde vários casos de abusos por parte dos militares. Todos sabem disso, muitos dos nossos familiares sentiram na pele o horror que a ditadura trouxe consigo. Sabemos também que muitos desses crimes foram reconhecidos, e muitos não. Mas um dos crimes militares chama a atenção, pois conseguiu passar esses 30 anos desde o final da ditadura em branco, completamente desconhecido. Vindo a publico muito recentemente e ainda assim podemos dizer que segue sendo ignorado pela justiça e que demorará a constar nos nossos livros de historia brasileira.
Os chamados “campos de concentração” étnicos aconteceram em Minas Gerais, lá dois centros de detenção para os índios considerados “infratores” foram mantidos silenciosamente pela Fundação Nacional do índio (FUNAI). O Reformatório Krenak, em Resplendor (MG), e a Fazenda Guarani, em Carmésia (MG). Eram geridos e vigiados por policiais militares e sobre eles foram feitas varias denuncias sobre violação de direitos humanos.
Reformatório Krenak: uma prisão de índios:
As violações e praticas repreensivas já existiam na época do antigo Serviço de Proteção aos Índios (SPI) – órgão federal, criado em 1910, substituído pela Funai em 1967. Em diversas aldeias os servidores desse órgão, muitos de origem militar, implantaram castigos cruéis e cadeias desumanas para prender índios. Naquele mesmo ano, o nascimento Reformatório Agrícola Indígena Krenak acontece sem nenhuma publicação em jornais ou em