Os impactos do processo de inspeção da qualidade na eficiência produtiva do setor aeronáutico.
Autor: Carlos Eduardo Pereira da Silva¹
Professor Orientador: Prof.º Jonas Krause²
RESUMO
Diante das crescentes exigências nos padrões de qualidade e competitividade no mercado, cada vez mais as empresas buscam métodos de melhoria contínua para o incremento de sua produtividade, eficiência e eficácia nos resultados. O setor aeronáutico é um dos mais rígidos quanto a estes requisitos, já que o nível de tolerância de erros e entrega de produtos não conformes deve ser zero por cento, em função da necessidade de extrema dos padrões de segurança e confiabilidade. No entanto, quando há necessidade de retrabalho, este aumenta proporcionalmente os custos da indústria. Toda empresa tem um tempo estimado para a produção e entrega do produto, porém se esse tempo for excedido, ocorrerão falhas que ocuparão tempo adicional não previsto e restrições no sistema. Os reparos se tornam onerosos, pois a dificuldade de acesso, peças especiais e profissionais capacitados na área requerem um tempo fora do programado, gerando atrasos na entrega e multas para as empresas, o que pode depreciar a qualidade do produto final. Este artigo tem por objetivo analisar os resultados da implantação de métodos de gestão e inspeção da qualidade numa organização do ramo aeronáutico.
Palavras-chave: Qualidade, retrabalho, produtividade, setor aeronáutico.
1. INTRODUÇÃO
A produção aeronáutica em território Brasileiro se iniciou no meio da década de 50, o projeto piloto foi o avião Bandeirantes idealizado e concebido por militares do ITA (Instituto Tecnológico Aeroespacial) se finalizando somente no fim da década de 60, com a contribuição do governo nacional para a fabricação de aeronaves brasileiras. Durante anos, os processos de fabricação aeronáutica sofreram várias melhorias, mas nunca deixando de ter muito manuseio de cunho artesanal em sua montagem final.