Perspectiva do desenvolvimento sócio econômico brasileiro
O texto chama este cenário de “Nova Normalidade” na economia mundial, que tem como principais elementos: maior importância das economias emergentes, desaceleração dos fluxos comerciais, menores taxas de crescimento econômico, maior protecionismo comercial, redução do crédito externo e queda da demanda agregada, principalmente dos países desenvolvidos.
Apesar de muitos destes efeitos poderem ser sentidos de maneira mais intensa e primeiramente nos países desenvolvidos, consideramos que muitos deles atingirão o Brasil, principalmente no que se refere à queda da demanda de importações pelas economias desenvolvidas. Esta queda pode ser evidenciada através de dados que mostram que a indústria manteve-se praticamente estagnada no 1º trimestre de 2012 na comparação com o mesmo período do ano passado, com crescimento de apenas 0,1%, enquanto a indústria de transformação recuou 2,6%.
A diminuição do peso da indústria na economia, a chamada desindustrialização, é um fenômeno natural em países avançados, onde o setor de serviços também responde pela maior fatia de geração de valor e emprego. O que preocupa no caso do Brasil é o recuo precoce, uma vez que o país ainda não atingiu níveis de prosperidade e de renda elevados. Mas, pior do que isso, é a perda de competitividade da produção nacional se comparada à de outros países, sobretudo de emergentes como China e Índia. (http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2012/05/industria-perde-peso-e-deve-reforcar-o-freio-do-pib-no-1-trimestre.html)
Por conta da competitividade e da queda das importações, o governo tem apresentado políticas de estímulo à indústria brasileira através de desonerações, isenções, facilidades creditícias e aportes ao BNDES como, por exemplo, a redução do IPI dos automóveis em auxílio à indústria automobilística, têxtil, confecções, couro