Os goliardos
Nesse frenesi que vivia Paris, vem a tona um grupo que foi nomeado de Goliardos – inimigo de Deus -. Grande parte desse grupo está encoberto pelo anonimato e pelas lendas. Eles foram tratados como clérigos errantes, vagabundos, lascivos, boêmios; como também com ternura por outros.
Mas em geral, trataram-lhes com desprezo como arruaceiros e desafiadores da Ordem. Isso provocou, também, em muitos um sentimento diferente; vendo-os como revolucionários e simpatizavam com seus modos. Bastante contraditório, não?
A Vagabundagem Intelectual
A reminiscência dos goliardos traz a tona algumas características conflitantes ao sistema feudal, que imperava na época.
Considerados, ou até mesmo de fato eram: excluídos das estruturas sociais, eram um escândalo para as tradições da época. Fugitivos, estudantes pobres, criados domésticos dos afortunados ou mendigos; essas são as diversas situações em que eles se encontravam.
Buscando de cidade em cidade, migalhas de ensinamentos de alguns mestres, caracterizando a “vagabundagem intelectual” em seu jeito aventureiro, impulsivo e atrevido. Mas não é uma classe formada.
Trocaram os exércitos, as cruzadas, por essa vida. “O sonho deles é um mecenas generoso, uma gorda prebenda, vida folgada e feliz”.
O Imoralismo
Os mesmos personagens dos dois últimos tópicos, também é o desse.
A sociedade, principalmente os mais conservadores, os considerava imorais, devido ao seu estilo de vida. Jogo, vinho e amor, faziam parte desse estilo. Em suas próprias palavras:
... A beleza das moças feriu meu peito.
As que não posso tocar, eu as possuo de coração...
... Criticam- me em segundo lugar pelo jogo. Mas assim que o jogo
Me deixou nu e de corpo frio, meu espírito se aquece...
... Quero morrer na taverna
Onde os vinhos estejam próximos da boca do moribundo,
Depois os coros dos Anjos descerão cantando
‘Deus seja clemente com esse bom bebedor’...
Apesar de toda sua contribuição, os ensinamentos